
"Eu tenho algo muito esclarecido dentro de mim: não se pode deixar fendas nas palavras. Além de franqueza é necessário precisão.
Sempre procurei agir assim, mas infelizmente para algumas pessoas isso parece ser um esforço descomunal e é aí que surgem as tais fendas. Estas, por sua vez, podem se transformar em um buraco negro que suga todo tipo de relacionamento para os confins do espaço!
Palavras poupadas, vontades escondidas, sentimentos implícitos e um desastre eminente! Mas qual a explicação? Medo! Razão breve, porém confusa! O dicionário Aurélio conceitua medo como 'sentimento de viva inquietude ante a noção de perigo...'
E nestas relações entre seres humanos, isso se aplica ao fato de que nada provoca mais temor do que a verdade. Mas venhamos e convenhamos. Existe atitude mais forte do que agir de forma verdadeira, tomando consciência das próprias vontades e sendo legítimo com os outros e consigo?
Não gosto de me sentir mal interpretada. Não me agrada deixar buracos em minhas palavras, muito menos em meus sentimentos. Necessito de clareza no que vivo, e o que sai pela minha boca é o que escapa das minhas idéias.
E entre silêncios que gritam e o medo de arriscar ouvir a verdade, escolho sujeitar-me a tagarelice sincera e autêntica da vida!"
(por Jordana Sampaio)
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