"Você é a minha causa
E eu a tua consequência
Você é a minha pausa
E eu a tua intermitência
Você é minha loucura
E eu toda a tua demência
Você é minha amargura
E eu a tua carência
Você é meu ato falho
E eu sou o teu costume
Você é todo meu brilho
E eu apenas vagalume
Você é quem eu escolho
E eu sou ainda teu ciúme
Você é o intenso frio de julho
E eu de novembro o perfume
Você é meu momento presente
E eu nem passado sou mais
Você é meu vicio entorpecente
E eu teus costumes banais
Você é minha escolha consciente
E eu sou teus atos ilegais
Você é o meu para sempre
E eu o teu nunca, jamais..."
(por Inez Sodré)