"O amor invade a vida, preenche os vazios e nos faz ver o futuro com um tom mais colorido e vibrante. Limpo, sem medos e sem receios.
Se entregar ao amor é como viver uma nova vida a cada segundo, é poder fechar os olhos e sem medo saltar no desconhecido sem pensar nas conseqüências.
Amar é conviver com o sorriso, é saber que existe o amparo e que a vida não é mais escrita no singular, pois passamos a dividir em um mesmo coração duas histórias.
Amar é sonhar, é acreditar, é enxergar além dos olhos, é usar a percepção do coração. É perceber que o futuro é apenas um algo a mais e que o passado reflete o hoje do amanhã.
Amar é ver poesia na vida, é enxergar o colorido da tempestade, é ter a coragem para pintar de azul o céu com apenas um olhar em um dia nublado, é dar sentido para uma história que não precisa de um final.
Mas amar, além de belo, é o representar da dor. Acreditamos, vivemos, lutamos, nos entregamos, sonhamos e muitas vezes ao final percebemos que tudo significou nada e que o sorriso se converteu em lágrimas. O amor passa a ser a segunda, terceira ou quarta opção daquele que não sabe o que é amar.
O azul do céu volta para o cinza e as decisões ganham peso, pois sabemos o quanto pode doer. Dor essa que machuca sem piedade, rasga o coração, espreme os desejos e afoga os sonhos em lágrimas. Dor que se torna presente do despertar do anoitecer, que te acompanha em todos os passos, sem folgas ou pausas.
O amor é injusto, é covarde, utiliza do melhor para te mostrar o pior. Transforma tudo que um dia foi representação de sorriso para atrair as lágrimas. A culpa talvez nem seja do amor, mas sim daquele que não sabe o que é sentir e viver alguém.
O amor não é conto de fadas, mas somos todos heróis, pois enfrentamos a vida e as desilusões com todos os medos possíveis, sempre acreditando que vale a pena o sofrimento para voltar a amar e assim recomeçar o ciclo. O amor que faz sorrir e que faz chorar.
Preciso de um tempo, para descobrir outra forma de amar, pois as lágrimas já secaram e a esperança me faz acreditar que o sofrimento está no passado e nesse caso, um passado encerrado pela dor e lacrado pela sabedoria de quem um dia amou."
(por Pedro Pitanga)
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